Há oito dias estive na psiquiatra e relatei os sintomas que tinha mesmo após alguns dias de medicação (topamax, donaren), e depois de conversarmos sobre minha infância de uma maneira...
...geral (isso durou quase uma hora) e de falarmos sobre outras coisas, ela incluiu sertralina e “acho” que vai retirar o topamax. Tive dias ruins antes disso, dias em que foi difícil, muito difícil segurar o choro na garganta, em que as lágrimas se atiravam no precipício do meu rosto sem que eu pudesse fazer nada para impedir, em que criei uma situação difícil com meu marido. Era muito fácil perder o controle de tudo nesses dias, mas eu consegui perder só um pouco. Tive mais seções de “engole o choro”, e se você já passou por isso sabe o quanto é terrível.
...geral (isso durou quase uma hora) e de falarmos sobre outras coisas, ela incluiu sertralina e “acho” que vai retirar o topamax. Tive dias ruins antes disso, dias em que foi difícil, muito difícil segurar o choro na garganta, em que as lágrimas se atiravam no precipício do meu rosto sem que eu pudesse fazer nada para impedir, em que criei uma situação difícil com meu marido. Era muito fácil perder o controle de tudo nesses dias, mas eu consegui perder só um pouco. Tive mais seções de “engole o choro”, e se você já passou por isso sabe o quanto é terrível.
Depois de sair da seção com a psiquiatra eu estava melhor, menos “pesada”, e tive dias bons, agradáveis até anteontem, segunda (7), quando passei o dia inteiro deitada, cheia de intenções de fazer muitas coisas em casa, mas nenhuma vontade nem disposição – me senti realmente como uma pessoa doente. Ontem (8), eu estava até bem, comecei o serviço doméstico mais cedo, por volta de meio-dia (sempre faço isso por volta das 17 horas), mas quando estava lavando a louça fui surpreendida por pensamentos cruéis de fatos passados recentemente e que muito me machucaram, que ainda me ferem como um câncer comendo minha carne. Esse andar, esse piso eu evito, passo direto, me recuso, ainda não estou pronta para confrontar, ainda tenho vontade de apagar da memória completamente e não de resolver e fazer as pazes com ele (o evento, o andar). Ainda não consigo. E quando esse assunto transborda e escorre em mim em forma de lembranças dos momentos mais ruins, mais cortantes, como foi ontem, eu desabo, e meu desejo desesperado é de fugir do mundo inteiro, me esconder, me encolher feito um feto, de ficar me balançando abraçada aos joelhos até que a voz interior pare de repetir a narração das cenas, do que hoje são “horrores”.
Não tenho raiva de ninguém além de mim mesma. Acreditem. Acredite você.
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