Tenho alguns livros na estante de caixotes à espera para serem lidos. Não consigo um tempo. Passo o dia todo fora, no trabalho, e no horário de almoço fico com muito sono se ficar sentada lendo. Pego trânsito todo dia ao voltar pra casa e quando chego só quero banho, janta e cama.
Eu enrolo um pouco na sala antes de ir dormir, vendo algum filme com meu marido e minha filha, pois se eu fizer só o que eu quero (desabar na cama) o bicho pega. Sabe como é (não sabe?), casamento, família, as coisas jamais serão como antes e você tem que se adaptar mais profundamente às vontades dos outros (é um pouco de política, diplomacia, e tal). A-í, os livros vão ficando pra depois.
Quando eu e meu marido reatamos ele me deu (de presente de aniversário, imagine) um livro chamado Falar e ouvir, para ela amor, para ele respeito, do escritor Emerson Eggerichs. Bom, pelo título já dá pra supor do que o livro fala, né? Eu, que tenho mania de ler as coisas de trás pra frente e de ficar lendo trechos aleatoriamente dentro do livro, folheei e li umas citações e títulos. Há um teor religioso forte, o que não é ruim, mas significa que o meu marido não folheou o livro antes de comprar, pois se o tivesse feito não teria comprado (ele é agnóstico - uma forma bonita de dizer ateu). Se não fosse a carga emotiva do reencontro, da reconciliação eu teria ficado irada por ele ter me dado um livro de auto-ajuda "que me diz que eu preciso aprender a falar e a ouvir e a respeitar meu marido" e vocês entenderiam melhor minha irritação se conhecessem os pormenores dessa relação complicada. Mas eu "levei na esportiva".
No nosso primeiro natal juntos eu já estava com um pé na crise depressiva e ele me deu outro livro chamado O poder do agora, do escritor famosíssimo Eckhart Tolle. Eu também não li, gente. Ai, meu marido, me desculpe por favor. Ai gente, eu tô muito relapsa com isso, mil desculpas. Mas eu sempre tenho a sensação de que não tenho tempo. Tenho alguns livros muito bons na estante de caixotes, é um pecado não lê-los (O código da inteligência, 12 semanas para mudar uma vida, A arte da serenidade, Guia do sono saudável e outros mais). Eu preciso sair do ostracismo e fazer o que deve ser feito. (Hum... essa frase é forte, mereceu o negrito, acho que ela quer dizer muitas coisas pra mim).
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