Balaio Fechado

Eu tentei, ninguém pode me acusar de não ter tentado.

Na última quinta-feira eu beijei, finalmente, um cara com quem estava saindo "pra-ver-qual-era". Já devia ser o quarto ou quinto encontro e eu ainda não tinha beijado ele, aí rolou. Mas foi péssimo, foi horrível, foi esquisito. Ele é um cara bonito, boa gente, educado, gentil (até seus próprios limites, trata bem uma mulher), mas eu simplesmente congelei, não senti nadinha de bom, não desejei aquele beijo nem outros que se seguiram. Tudo parecia mecânico, tudo parecia errado, eu me senti como se estivesse traindo "alguém". Sem falar que fiquei em muitos momentos lembrando desse tal "alguém" e inevitavelmente fazendo comparações entre as criaturas.

Meu Deus! Nem é culpa do tal cara... não mesmo. Eu percebi que seria ruim mesmo, independente da pessoa ali naquela situação ser João, Astrobaldo ou Sebastião, pois eu ainda não consigo me relacionar com outro homem, ainda estou ligada demais à outra pessoa, ainda me sinto, de alguma forma, presa a ele.
Ontem, sexta, saímos novamente e eu pedi para volta para casa antes de fazer meia hora que estávamos juntos. Aí o moço ainda resolveu dizer umas "cargas d'água" que detonaram tudo logo e fecharam minha decisão de não dar continuidade com essa coisa. Não vou dizer aqui o que foi... basta dizer que foi indelicado e vulgar. Uhhhh!!!

Enfim, terminei um namoro que nem começou. (Namoro sim, pois ele já se dizia meu namorado) E agora tô aqui, triste assim meio perdida, sem rumo, com a sensação de que nunca mais vou conseguir ficar numa boa com alguém. E lembrando o tempo todo que já tem outra mulher no lugar que antes era meu, na casa que foi minha, usando meus patins, ao lado do homem que eu amo, e que o coração dele é muito frio mesmo. (Nossa, eu já disse isso aqui antes.)