Alguém que admiro, de alguma forma, começa a me dizer coisas que me induzem a acreditar que sou ou estou mentalmente perturbada. Afirma que não disse palavras que eu ouvi claramente, que não houve cenas que eu assisti e até participei, que fulano não confirma nada do que eu tenho certeza de ter me dito... Bem, eu acreditei, tô acreditando que tem mesmo algo errado. É muita convicção em uma pessoa madura, aparentemente centrada, experiente, estudada. Eu? Não tenho argumentos bons o suficiente para desarticular tais afirmações (ouvi isso também). Então, estando na luta contra depressão, síndrome do pânico, e outras tantas neuroses há tantos anos, só tenho a opção de acreditar que há realmente algo errado comigo (e de novo). Mesmo que, há mais de um ano não tenha surgido nenhum evento ruim, nenhuma crise, e eu estivesse feliz com a tranquilidade alcançada.
Tranquilidade que se foi em janeiro, na última semana do mês, e deu lugar à ansiedade absurda, à tristeza, ao semblante fechado e carregado novamente, às quedas bruscas de humor, à atitude defensiva, e etc, etc. Foi-se estabelecendo a derrocada da auto-estima, a insegurança, a falta de confiança própria, o medo, o medo, o medo. Mas o pior de tudo : O SILÊNCIO diante dos momentos em que a fala é a verdadeira libertação, nos momentos em que sinto verdadeira necessidade de me defender. E silenciar é me oprimir, me castigar, me punir, aceitar algum tipo de ofensa. É diferente de calar por admitir um erro, uma má postura ou colocação, por sentir-me envergonhada de ter feito, pensado, sentido ou dito algo ruim. Acredite, meu senso de justiça é muito forte, ainda mais quando pesa sobre mim mesma.
Ultimamente, isto é, desde que voltei de viagem, tô tendo dificuldade em identificar o que é real e o que é alucinação, psicose. Pelo visto eu acatei a fala "daquele que me manipula agora" e estou convencida de estar imaginando coisas, com percepção de realidade alterada, vendo o que quero ver e não a realidade. Fica difícil saber se fiz mesmo o que acho que fiz ontem, por exemplo.
A terapeuta que está me ajudando me questiona a importância que esse homem tem em minha vida, por que valorizo tanto a opinião dele, que me conhece há apenas três meses. E eu não sei... não sei a resposta. Só tô confusa, minha cabeça não consegue raciocinar direito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Compartilhe com a gente sua opinião ou sua experiência...