31 de mar. de 2013

A tirania da ansiedade

Sofrer por antecipação, transformar a espera por algo ou por alguém em um martírio... Ninguém suporta viver sob o jugo dessa tirania que, além de nos oprimir, acaba com a saúde. Mas não se intimide, você pode domar essa fera.

Esse texto eu retirei de um artigo extenso. Então aqui estão apenas as partes que achei mais interessantes compartilhar com vocês.
Pernas inquietas, unhas roídas, respiração ofegante, coração acelerado, pensamentos beirando a velocidade da luz. Não há como negar. a ansiedade está instalada. Mas não se sinta envergonhado se, além de protagonizar ações desse tipo em seu dia a dia, ainda costuma abocanhar uma bela porção de doce na tentativa de acalmar os ânimos. Acredite, você não está sozinho. A ansiedade se tornou, sem exagero, uma epidemia dos tempos atuais, pautados por mudanças rápidas e múltiplas tarefas, em geral, ditadas pela pressa e por altos níveis de cobrança. Já que é tão difícil escapar das garras dessa invasora que tanto mal causa à saúde física e emocional, tratemos de desmarcará-la. Sim, ela tem muitas faces. E é bom que saibamos identificá-las. Afinal, temos de conhecer as táticas do inimigo se quisermos derrotá-lo. "A ansiedade está ligada à mudança, o que gera insegurança, pois toda transição acarreta incertezas", afirma Júlio Parreira, autor de Ansiedade Tem Cura (ed. 7 Letras). "O medo em relação ao futuro está na base da ansiedade, pois queremos planejar a vida, ter tudo sob controle, o que gera um estado de inquietação, muitas vezes, incontrolável", corrobora a terapeuta floral Maria Alice Cavalcante, professora do curso de Naturologia Aplicada da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul).

"Ela (a ansiedade) pode ser provocada ainda por excesso de preocupação, por sempre focarmos o aspecto negativo das situações, por impaciência em relação aos processos da vida, que possuem ritmo próprio, por medo de se expor, caso dos tímidos e inseguros, e também por criarmos expectativas elevadas demais em relação aos nossos objetivos", pondera Maria Alice.

Podemos dizer que a ansiedade em padrões normais é benéfica à sobrevivência, pois é uma resposta adaptativa ao organismo frente ao menor sinal de perigo ou ameaça. "Mas quando esse estado de alerta se prolonga indefinidamente, ou sua intensidade é muito grande, começam a aparecer os problemas, trazendo prejuízos silenciosos à saúde psíquica, pode até resultar em problemas mais sérios como ataque de pânico (Eu já tive alguns, veja aqui), transtorno obsessivo compulsivo (Leia mais aqui), estresse agudo, entre outros".

"A ansiedade exacerbada acarreta baixa auto estima, insegurança, sensação de fracasso e até depressão. Sentimentos que abalam a autoconfiança, comprometendo, assim, a performance na vida pessoal, social e profissional", afirma Karina Haddad Mussa.

Se é que podemos chamar assim, o "grupo de risco" dos indivíduos suscetíveis à ansiedade incluem:
- Pessoas perfeccionistas ou exigentes em demasia, em relação a si mesmas e aos outros.
- Indivíduos competitivos.
- Com baixa resistência à frustração.
- Pessoas desorganizadas, sobretudo as que não sabem administrar o tempo.

A tarefa crucial para recuperar o equilíbrio é aprender a lidar com a desordem interna que tantas vezes toma conta da gente. Acredite, você pode domar a fera. Para começar a inverter esse jogo, recomendam os profissionais, é preciso admitir para si mesmo que suas reações passaram dos limites. Depois, prestar atenção às situações que geram inquietação e descontrole para, então, encontrar caminhos de cura que se afinem ao seu jeito próprio de ser.

Nesse contexto, técnicas de ioga, meditação e relaxamento podem ser de grande valia. "A meditação orienta a experiência do momento presente, aumenta o estado de alerta e atenção plena e ainda facilita o contato consigo mesmo, trazendo a sensação reconfortante de segurança, paz e serenidade", diz Karina.

Fonte: Revista Bons Fluidos, nº 136, julho/2010.

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